Companheiros e Companheiras, vamos ter uma conversa franca e objetiva com todos. Os direitos trabalhistas no nosso País estão sob verdadeiro ataque do governo Michel Temer. Querem retirar de nós garantias conquistadas com muita luta e esforço do movimento sindical brasileiro, único representante dos trabalhadores do nosso País.
Estamos extremamente preocupados, uma vez que jogam contra o movimento sindical, o governo federal, os patrões, a imprensa, a Câmara dos Deputados e o Congresso Nacional. O momento é de crise na política nacional, entretanto, este governo tenta abafar a crise institucionalizada no meio político através de uma reforma trabalhista, que em nada reflete ganhos à classe trabalhadora, mas sim retira direitos consagrados pela CLT e pelas Convenções Coletivas de Trabalho.
Querem retirar de nós o direito à homologação da rescisão do contrato de trabalho nas entidades sindicais, deixando somente para os patrões os cálculos desses direitos. Isso, por si só, já é um absurdo, pois qual é o patrão que fará contas contra si mesmo?
Imagine, ainda, você ter que negociar seus direitos, novas conquistas, novos benefícios, aumento de salário diretamente com o patrão, que, na maioria das vezes, quer retirar tudo isso de você? SIMPLESMENTE O MAIOR ABSURDO DA HISTÓRIA. Não porque você não possa fazê-lo, ou não tenha competência para isso, mas pelo simples fato de que já sabemos o que vai acontecer no fim dessa conversa: Ou você aceita o que ele quer te dar, ou você pede a conta. E, na crise em que vivemos, não dá para pedir a conta. Querem que fiquemos nas mãos deles.
Além disso, querem rebaixar o horário de almoço, flexibilizar as relações de trabalho através de acordos com os trabalhadores, sem a participação dos sindicatos; retirar as horas in itinere, de deslocamento de casa para o trabalho; permitir que as trabalhadoras grávidas trabalhem em locais insalubres; aumentar a jornada de trabalho de forma autoritária através de acordos individuais com os trabalhadores, entre outras mazelas.
Por isso, mais do que nunca, o momento é de se associar ao seu sindicato para fortalecer a luta contra esse arcabouço de medidas que só vêm para beneficiar os empresários e os patrões.
Temos que trabalhar unidos, pois juntos somos fortes. Nossa trincheira não será quebrada à medida que os companheiros e as companheiras estiverem associados ao nosso sindicato, impedindo que os empregadores tentem usurpar dos nossos direitos em função de uma reforma trabalhista ilegítima, que não representa os trabalhadores.
Associe-se ao seu sindicato e não esqueça: Juntos somos mais fortes.
Rogério Gomes
Presidente do SindBeneficente